segunda-feira, novembro 24, 2008


















Uma vez por mês, monges
budistas fazem do edifício
Copan um templo zen

DANILO VERPA
REPÓRTER-FOTOGRÁFICO
Uma vez por mês, o edifício Copan, um dos principais cartões-postais de SP, se transforma num templo budista. É toda terceira sexta-feira do mês, às 7h, quando monges zen da escola Busshinji sobem os 37 andares até o heliponto para praticar a meditação sentada -zazen, sendo "za" sentar e "zen" meditação.Em fileira, de pernas cruzadas, coluna ereta e atenção na respiração, eles têm à frente centenas de prédios e, no horizonte, o pico do Jaraguá. Apesar do barulho, "desligam-se" por uma hora, até ouvirem os oito badalos do sino da igreja na vizinha praça Roosevelt.A meditação do alto do prédio surgiu com o cineasta Bruno Mitih, 41, budista há quatro anos. "A primeira idéia foi levar a prática do templo para a rua, e o edifício Copan se apresenta como a montanha dos budistas zen da cidade."O professor-monge Jisho Handa, 53, vê o Copan como representação de São Paulo. "No heliponto estamos num dos pontos mais altos do centro e a observamos num ângulo de 360. Assim, expandimos nossas energias."O objetivo do grupo, diz Handa, é levar harmonia e compaixão ao maior número de pessoas. "Vivemos numa cidade cheia de desordem e injustiça. Queremos criar uma sintonia com toda a cidade e inconscientemente a cidade medita conosco."A meditação no alto do Copan é aberta a interessados. Segundo o síndico do Copan, Afonso Celso dos Prazeres, 69, a idéia foi aceita já no primeiro pedido do grupo. "Sou solidário a qualquer demonstração de ajuda à cidade", diz.